LIGA RIVAL, FUSÃO E SUPER BOWL

O crescimento do futebol americano despertou o interesse de vários outros times, interessados em fazer parte da NFL embrionária da época. E foi justamente a recusa que motivou a criação em 1960 de uma forte concorrente, a American Football League (AFL), repleta de franquias importantes, inclusive em grandes mercados consumidores dos Estados Unidos.

Faziam parte da AFL: Boston Patriots (atual New England Patriots), Buffalo Bills, Dallas Texans (atual Kansas City Chiefs), Denver Broncos, Houston Oilers (atual Tennessee Titans), Oakland Raiders, New York Titans (atual New York Jets) e Los Angeles Chargers (franquia que no ano seguinte foi para San Diego e atualmente está em Los Angeles), além de Miami Dolphins e Cincinnati Bengals, times originalmente daquela primeira NFL.

A nova liga inovou no marketing (venda de produtos e inclusão dos nomes dos jogadores nas camisas), distribuição igualitária entre as franquias do dinheiro referente às transmissões de TV, e nas regras e táticas de jogo, com mais jogadas aéreas e inclusão da conversão de dois pontos, após a marcação de touchdown.

Grandes estrelas do futebol americano atuaram na AFL, entre elas o quarterback do New York Jets, Joe Namath, draftado como principal jogador universitário de 1965, campeão por Alabama. Mas foi justamente o maior investimento com aquisição de atletas de destaque, pagamento de altos salários que ligou o sinal amarelo para ambas as ligas. Temendo que pudessem quebrar, elas resolveram se fundir, formando ao treinador dos Packers, que os comandou nesses dois primeiros títulos da nova NFL.

Com o acordo entre as ligas, definiu-se que no fim da temporada haveria um confronto em jogo único, batizado de “AFL-NFL Championship Game”, entre os campeões da AFL e NFL. Já era o “Super Bowl”. Apenas ainda não tinha esse nome, dado poucos anos depois pelo gestor da AFL, o proprietário do Kansas City Chiefs, Lamar Hunt.

Referente à temporada de 1966, e jogado em Los Angeles, o primeiro AFL-NFL Championship Game foi vencido pelo Green Bay Packers (franquia da antiga NFL), que derrotou o Kansas City Chiefs (AFL) por 35 a 10, em 15 de janeiro de 1967. Dominante naqueles tempos, os Packers também venceram a edição da temporada seguinte. Inclusive, o Troféu Vince Lombardi, entregue até hoje ao campeão do SB, tem esse nome justamente em homenagem ao treinador dos Packers, que os comandou nesses dois primeiros títulos da nova NFL.

Após a fusão das ligas, em 1970, a NFL dividiu-se em duas conferências: American Football Conference (AFC) e National Football Conference (NFC), com um total de 26 times. Baltimore Colts, Cleveland Browns e Pittsbugh Steelers aceitaram migrar para a AFC, de forma que ambas tivessem 13 times cada.

AFC - CONFERÊNCIA AMERICANA (antiga AFL):

  • AFC LESTE

    • Boston Patriots
    • Baltimore Colts
    • Buffalo Bills
    • Miami Dolphins
    • New York Jets
  • AFC CENTRAL

    • Cincinnati Bengals
    • Cleveland Browns
    • Houston Texans
    • Pittsburgh Steelers
  • AFC OESTE

    • Denver Broncos
    • Kansas City Chiefs
    • San Diego Chargers
    • Oakland Raiders

NFC - CONFERÊNCIA NACIONAL (antiga NFL):

  • NFC LESTE

    • Dallas Cowboys
    • New York Giants
    • Philadelphia Eagles
    • St. Louis Cardinals
    • Washington Redskins
  • NFC CENTRAL

    • Chicago Bears
    • Detroit Lions
    • Green Bay Packers
    • Minnesota Vikings
  • NFC OESTE

    • Atlanta Falcons
    • Los Angeles Rams
    • New Orleans Saints
    • San Francisco 49ers

NOVAS DINASTIAS, NFL EM HORÁRIO NOBRE
E SHOW DO INTERVALO DO SUPER BOWL

Se da era pré-Super Bowl até os primeiros anos da era Super Bowl o domínio foi do Green Bay Packers, com 11 dos seus 13 títulos totais (em 1966 e 1967 foi bicampeão do chamado “AFL-NFL Championship Game”, considerados os dois primeiros SBs), nos próximos anos o futebol americano viu o surgimento de novas dinastias, com Steelers dominantes na década de 1970 (dos seis SB’s que possui, quatro foram no período, com uma defesa apelidada de “steel curtain” - cortina de aço), San Francisco 49ers nos anos 1980 (também com quatro conquistas, liderados pelo lendário QB Joe Montana), e Dallas Cowboys na década de 1990 (três campeonatos nessa década com Troy Aikman).

Nos últimos anos surgiu uma nova dinastia na NFL: o New England Patriots, comandado fora do campo pelo técnico Bill Belichick e no gramado pelo quarterback Tom Brady. Foram nove títulos da Conferência Americana (2001, 2003, 2004, 2007, 2011, 2014, 2016, 2017, 2018) e seis Super Bowls conquistados desde que a dupla se formou: 2001, 2003, 2004, 2014, 2016, 2018.

Em 19 anos da parceria, os Patriots de Belichick e Brady não foram aos playoffs apenas em duas temporadas: 2002 e 2008. Foram vencedores da sua divisão, a AFC East, nas últimas dez temporadas consecutivas.

A criação do “Monday Night Football”, nos anos 1970, marcou o início da valorização das transmissões da bola oval nas noites de segunda-feira, com a faixa ganhando status de horário da TV dos EUA. A ABC, rede de televisão idealizadora da marca, inovou com o uso de câmeras e repórteres em campo, replays, gráficos e estatísticas.

O MNF foi o jogo mais importante da rodada até 2006, quando o Sunday Night Football assumiu esse posto. Atualmente, a partida do horário nobre nas noites de segunda é exclusiva da TV por assinatura nos EUA, levado ao ar pela ESPN americana. Já o SNF é exibido por lá pela emissora aberta NBC, sendo há anos o programa mais assistido entre todos da televisão daquele país. No Brasil, a NFL é transmitida exclusivamente em TV por assinatura pelos canais ESPN.

Até então limitado a apresentações de bandas marciais de universidades, bandas militares e outras atrações que eram um convite a mudar de canal, o intervalo do Super Bowl passou a ser realmente valorizado só a partir do começo dos anos 1990, com entretenimento de muito maior apelo de audiência junto a fãs do esporte e mesmo a quem tinha outros interesses. Musicais, por exemplo.

Começou em 1991, com a apresentação da popular boy band New Kids on the Block, depois teve a cantora Gloria Estefan no ano seguinte, até que no Super Bowl XXVII, entre Dallas Cowbows e Buffalo Bills, a NFL atingiu seu mais alto patamar para o show do intervalo com a performance do Rei do Pop, o astro Michael Jackson, no estádio Rose Bowl, na Califórnia.

Em edições posteriores do evento apresentaram-se artistas do porte de Diana Ross, James Brown, Stevie Wonder, Phil Collins, Aerosmith, U2, Paul McCartney, Rolling Stones, Prince, Bruce Springsteen, The Who, Madonna, Beyoncé e Lady Gaga, entre outros.

NFL ATUAL E CAMPEÕES

Atualmente, são 32 times disputando a NFL, com 16 por conferência, sendo quatro divisões (norte, sul, leste e oeste). O Green Bay Packers, com 13 conquistas (9 pré-Super Bowl e 4 na era Super Bowl)

Conferência Americana

  • AFC LESTE

    • Buffalo Bills
    • Miami Dolphins
    • New England Patriots
    • New York Jets
  • AFC NORTE

    • Baltimore Ravens
    • Cincinnati Bengals
    • Cleveland Browns
    • Pittsburgh Steelers
  • AFC SUL

    • Houston Texans
    • Indianapolis Colts
    • Jacksonville Jaguars
    • Tennessee Titans
  • AFC OESTE

    • Denver Broncos
    • Kansas City Chiefs
    • Los Angeles Chargers
    • Oakland Raiders
  • Conferência Nacional

  • NFC LESTE

    • Dallas Cowboys
    • New York Giants
    • Philadelphia Eagles
    • Washington Redskins
  • NFC Norte

    • Chicago Bears
    • Detroit Lions
    • Green Bay Packers
    • Minnesota Vikings
  • NFC Sul

    • Atlanta Falcons
    • Carolina Panthers
    • New Orleans Saints
    • Tampa Bay Buccaneers
  • NFC Oeste

    • Arizona Cardinals
    • Los Angeles Rams
    • San Francisco 49ers
    • Seattle Seahawks

Campeões da era pré-Super Bowl

  • Green Bay Packers - 9 (1929, 1930, 1931, 1936, 1939, 1944, 1961, 1962, 1965)
  • Chicago Staleys/Bears (atual Chicago Bears) - 8 (1h921, 1932, 1933, 1940, 1941, 1943, 1946, 1963)
  • Cleveland Browns - 4 (1950, 1954, 1955, 1964)
  • Detroit Lions - 4 (1935, 1952, 1953, 1957)
  • New York Giants - 4 (1927, 1934, 1938, 1956)
  • Baltimore Colts (atual Indianapolis Colts) - 3 (1958, 1959, 1968)
  • Philadelphia Eagles - 3 (1948, 1949, 1960)
  • Canton Bulldogs - 2 (1922, 1923)
  • Cardinals (atual Arizona Cardinals) - 2 (1925, 1947)
  • Akron Pros - 1 (1920)
  • Cleveland Bulldogs - 1 (1924)
  • Frankford Yellow Jackets - 1 (1926)
  • Providence Steam Roller - 1 (1928)
  • Washington Redskins - 2 (1937, 1942)
  • Cleveland/Los Angeles Rams (atual LA Rams) - 2 (1945, 1951)

Campeões da era Super Bowl

  • Pittsburgh Steelers - 6 (1974, 1975, 1978, 1979, 2005, 2008)
  • New England Patriots - 6 (2001, 2003, 2004, 2014, 2016, 2018)
  • Dallas Cowboys - 5 (1971, 1977, 1992, 1993, 1995)
  • San Francisco 49ers - 5 (1981, 1984, 1988, 1989, 1994)
  • Green Bay Packers - 4 (1966, 1967, 1996, 2010)
  • New York Giants - 4 (1986, 1990, 2007, 2011)
  • Denver Broncos - 3 (1997, 1998, 2015)
  • Los Angeles/Oakland Raiders - 3 (1976, 1980, 1983)
  • Washington Redskins - 3 (1982, 1987, 1991)
  • Miami Dolphins - 2 (1972, 1973)
  • Baltimore/Indianapolis Colts - 2 (1970, 2006)
  • Baltimore Ravens - 2 (2000, 2012)
  • Bears - 1 (1985)
  • Kansas City Chiefs - 1 (1969)
  • St. Louis Rams/Los Angeles - 1 (1999)
  • New Orleans Saints - 1 (2009)
  • New York Jets - 1 (1968)
  • Philadelphia Eagles - 1 (2017)
  • Seattle Seahawks - 1 (2013)
  • Tampa Bay Buccaneers - 1 (2002)

REGRAS DA NFL

Duração e objetivo do jogo

O principal objetivo do futebol americano é avançar no território adversário, com quatro tentativas por jogada para percorrer dez jardas - conquistas de primeiras descidas (“first downs”) -, seja com passes ou com atletas correndo com a bola, e assim poder pontuar.

O jogo é dividido em quatro quartos, de 15 minutos de duração cada, totalizando 60 minutos de partida, sendo que o cronômetro é parado em muitas situações, como passe incompleto (a bola lançada não é recepcionada antes de bater no chão), em pontuações, marcações de faltas, quando o jogador sai de campo com a bola e no “two-minute warning”, os dois minutos finais do segundo e do último quarto da partida.

Campo e medidas

Cada jarda: 0,9144 m
Campo: 120 jardas de comprimento por 53,5 jardas de largura
Endzone: 10 jardas de comprimento por 53,5 jardas de largura
Goal post (trave em forma de “Y”): largura de 18 pés (5,6 m) e altura da base de 10 pés (3,05 m)
Bola: 71 cm de circunferência e 28 cm de largura.

Os times

São 11 atletas em campo para cada equipe, com número ilimitado de substituições. Dessa forma, são usados 11 atletas de ataque quando o time tem a posse de bola, e 11 defensores quando é o adversário quem está de posse da bola. Em jogadas de chute entram em campo os chamados "especialistas".

Pontuações

- Touchdown: maior pontuação do jogo, vale 6 pontos e é conquistada quando a bola é levada à linha de fundo do adversário (a chamada “endzone”).
- Extra point: após marcar o “TD” o time pode tentar uma pontuação adicional. A mais comum é o “extra point”, que vale 1 ponto, conquistado chutando a bola dentro do “Y” (trave).

- Two-point conversion: a outra possibilidade de pontuação adicional após o “TD”, um pouco mais difícil, é a conversão de 2 pontos, obtida em nova tentativa de entrar na endzone para um “mini-touchdown”, partindo da linha de 2 jardas. Mas se a tentativa for frustrada, e além de tudo ocorrer de a bola ser recuperada pelo rival (seja por interceptação ou “fumble”), ele poderá levá-la até a endzone e marcar dois pontos.

- Field goal: por valer apenas 3 pontos, é uma pontuação secundária, na maioria das vezes tentada quando um time não consegue o “first down”, mas também para ganhar jogos nos instantes finais. O “FG” basicamente consiste em chute do ponto onde a jogada anterior terminou, com o objetivo de, assim como no extra point, acertar a bola entre o Y. Só que em caso de insucesso permite ao rival iniciar a sua campanha daquele local onde a bola foi posicionada para o chute.

- Safety: é o equivalente ao gol contra do nosso futebol (“soccer” para os americanos). Vale 2 pontos e ocorre quando o jogador da posse da bola é derrubado dentro de sua própria endzone. Ou quando o time comete falta ou sai de campo por trás ou pelos lados da endzone.

Kickoff

“Kickoff” é como é chamado o início da partida e do segundo tempo (3º quarto), por meio de chute do “kicker” da linha de 35 jardas em direção ao campo adversário. Ocorre também após cada pontuação. Após o chute, um atleta do time adversário, o retornador, recebe a bola e tenta avançar com ela, podendo até marcar um touchdown de retorno. Ou, se preferir, pode sinalizar “fair catch”, indicando que não vai correr e que optou por ali daquele ponto iniciar a campanha da sua equipe. Nessa situação o recebedor não pode ser tocado pelos adversários.

Início de cada jogada (“down”)

O center, jogador que faz o “snap”, entrega a bola entre as suas pernas para o quarterback, que então define a jogada do time (geralmente, passe ou nova entrega a um atleta para realizar a corrida). Isso é feito com os jogadores de defesa e ataque, todos posicionados na linha de “scrimmage”, uma linha imaginária transversal que corta o campo e define o ponto onde começa a jogada, onde fica a bola. O “QB” também pode optar por correr com a bola. Na jogada de passe o quarterback, atrás da linha de scrimmage, lança a bola para um recebedor à frente. Esse tipo de passe para frente só pode ser feito uma vez. Para a recepção ser considerada válida, o jogador deverá segurar a bola, sem deixá-la tocar no chão antes, e manter o controle da mesma, podendo correr com ela pela distância que conseguir, até mesmo indo até a endzone para marcar um touchdown. Os rivais irão tentar interceptar o passe do QB e impedir o avanço da corrida com um “tackle” (derrubando o atleta).

Bloqueios

Ao iniciar cada “down”, o quarterback conta com a proteção de cinco jogadores da sua linha ofensiva (“offensive line”), seja para jogadas de passe ou para abrir caminho para jogadas de corrida com o “running back”. Esse bloqueio é feito empurrando os defensores do rival, podendo participar também o “tight end”, o “fullback” e até recebedores do ataque, conforme a estratégia da jogada. Não é permitido segurar nem empurrar adversários pelas costas.“fullback” e até recebedores do ataque, conforme a estratégia da jogada. Não é permitido segurar nem empurrar adversários pelas costas.

Sack

O “sack” ocorre justamente quando essa proteção ao QB falha e os defensores adversários chegam nele, derrubando-o, impedindo que ele execute a jogada, implicando perda de jardas do ataque.

Fumble

É quando um atleta de posse da bola a deixa cair, podendo ela ser recuperar pelo próprio ataque, mantendo a posse e o prosseguimento da campanha, ou pelo adversário (um “turnover”). Podem acontecer no mesmo down um sack ao quarterback, seguido de fumble (ele deixar a bola cair), por exemplo.

Interceptação

É quando o passe do quarterback é recebido não pelo seu atacante, mas pelo defensor adversário, que intercepta a bola e a tem sob seu controle, podendo, inclusive, ele próprio ganhar jardas com as pernas, e até marcar um TD. Não ocorrendo pontuação, a interceptação gera a perda da posse da bola, o ataque sai de campo e é o rival quem passa a ter direito às novas tentativas de descidas (“downs”).

Punt

Embora sejam permitidas até quatro tentativas para avançar as dez jardas necessárias para continuar a campanha, geralmente tentar essa última jogada é arriscado, já que em caso de insucesso resulta perda da posse no ponto onde o ataque foi parado pelo adversário.

Por isso, é mais comum recorrer ao “punt” (chute de devolução da bola ao adversário), após a terceira descida. Dessa forma, abre mão da campanha, mas ao menos coloca a bola mais próxima da endzone rival, longe do seu campo.

Perda de down (perda da posse da bola)

Ela ocorre justamente quando o time arrisca a quarta e última descida, em vez da opção mais segura de devolver a bola com um punt, acaba não chegando à marca de first down e com isso perde a posse da bola naquele ponto exato onde foi barrado pelo time rival.

Faltas

Quando uma flanela amarela é atirada no gramado pelos árbitros, significa que houve uma regularidade e ele está marcando uma falta, que pode ser do ataque ou da defesa ou até de ambos, podendo as penalidades serem anuladas. Seguem possíveis situações passíveis de marcação de falta:

- Intentional grouding: essa falta é marcada quando o quarterback, dentro do chamado "pocket", a área de proteção de seus bloqueadores, claramente se livra da bola, mandando-a onde não há jogador do seu time. Geralmente, isso acontece quando o QB está pressionado, na iminência de sofrer um sack do rival e quer evitar a perda de jardas. A punição é com recuo de 10 jardas e perda de uma chance de atacar (um down). Vale lembrar que é possível jogar a bola longe sem sofrer penalidade, mas desde que o quarterback esteja fora do pocket na hora do lançamento.

- Delay of game (atraso do jogo): o time da posse da bola tem 40 segundos para colocar a bola em jogo entre uma jogada e outra. Ao exceder esse tempo, o time é penalizado com o recuo de 5 jardas.

- False start (saída falsa): o momento do início de cada jogada (down), a exceção de um jogador paralelo à linha de scrimmage que não esteja na primeira linha, todos os demais de ataque ali alinhados não podem se movimentar antes de o center fazer o “snap” para o quarterback, sob pena de falta de perda de 5 jardas.

- Offside: é marcada se algum jogador da defesa ultrapassar a linha de scrimmage antes do início da jogada (snap). A defesa é punida com recuo de 5 jardas.

- Holding (segurada): somente o jogador com a posse da bola pode ser segurado ou agarrado. Todos os demais só podem ser empurrados. Quando um atacante segurar um adversário da defensa, seu time será punido com recuo de 10 jardas. Já se um defensor cometer a falta de segurada contra um rival do ataque, a sua equipe perderá 5 jardas e o ataque ganhará a primeira descida automática.

- Contato ilegal: Um defensor só pode obstruir ou empurrar um atacante no limite de 5 jardas da linha de scrimmage (o ponto inicial da jogada). Contato além das 5 jardas gera falta de perda de 5 jardas para a defesa.

- Pass interference (interferência de passe): essa falta se dá quando um jogador tem contato físico com o adversário em passe elegível (ao alcance da recepção), antes do recebedor ter contato com a bola. Se o defensor estiver olhando para a bola, disputando-a com o atacante sem deslocar o rival, não há ilegalidade.

Na punição para interferência da defesa, a bola é colocada no ponto da falta, e o ataque ainda ganha primeira descida automática. Já em caso dessa falta ser cometida pelo atacante, o seu time recua 10 jardas do ponto inicial da campanha.

- Personal foul (falta pessoal): é qualquer atitude que ponha em risco a segurança do adversário, como “face mask” (segurar a grade do capacete), pancada de capacete contra capacete, tackle nos joelhos do adversário, entre outras situações. A punição é de perda de 15 jardas e primeira descida automática para o time adversário.

- Exclusão: o jogador é expulso de campo se cometer duas faltas pessoais por conduta antidesportiva na mesma partida. O time punido segue jogando com 11 atletas normalmente, mas não poderá mais usar o jogador excluído no restante do jogo.

- Timeouts (pedidos de tempo): cada time tem direito a três pedidos de tempo no 1º tempo e outros três na segunda metade de partida.

- Challenge (desafio): cada treinador tem direito a desafiar por duas vezes as marcações da arbitragem. Isso é feito jogando uma flanela vermelha no campo, antes do snap, em qualquer momento do jogo, exceto durante as duas pausas “two-minute warning”. Se acertar, mantém o número de desafios. Caso perca, o time perde um timeout. Em caso de reversão da arbitragem de duas marcações originais que foram desafiadas, o time que venceu esses dois desafios ganha um terceiro extra.

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